Archive for 18 de novembro de 2007

Matéria de Capa: as notícias que são manchetes em algumas das principais revistas semanais.

novembro 18, 2007

TUPI : um salto de qualidade nas perspectivas estratégicas do País
Com a descoberta do novo campo petrolífero de Tupi, o Brasil volta a ter ótima condições de desenvolvimento a longo prazo.

A descoberta de Tupi – um campo gigante de gás e petróleo ao largo do litoral paulista, a 280 quilômetros de Santos – não elimina o risco imediato de escassez de energia, mas também não pode ser reduzida a um blefe publicitário. Debaixo de 2 mil metros de água e mais 4 mil de subsolo, incluindo uma camada de sal que representa um desafio extra à tecnologia e aos equipamentos da Petrobras, só começará a produzir entre 2011 e 2014 e exigirá investimentos da ordem de 40 bilhões de dólares. A longo prazo, pode significar, porém, um salto de qualidade nas perspectivas estratégicas do País.

Acesse: http://www.cartacapital.com.br

A ordem de nascimento das crianças pode marcar a personalidade e até sugerir o destino de cada um

Na vida selvagem, ser o primeiro filho no meio da ninhada é uma vantagem competitiva. É ele que recebe os alimentos mais nutritivos e a maior atenção dos pais. Não é à toa, portanto, que outro filhote se lance contra o irmão e usurpe o lugar a bicadas e mordidas. Afinal, assumir tal posto permite que o animal cresça mais forte e saudável. Entre os humanos, a posição que cada filho ocupa na “escadinha” familiar também pode ter impacto sobre os indivíduos. Isso está associado a disparidades na maneira como os pais tratam seus herdeiros, acarretando diferenças no comportamento dos pequenos.

Acesse:http://www.terra.com.br/istoe

Como o sono afeta o intelecto e a memória

A ciência enfatiza que o sono é essencial à consolidação da memória e ao desempenho intelectual. Ele define até quais são os horários do dia mais favoráveis ao aprendizado.

Acesse: http://vejaonline.abril.com.br

 

 

Como lidar com a tecnologia, administrar empresas e construir carreiras num mundo totalmente globalizado

Não é de hoje que profissionais brasileiros saem do país. Há exemplos disso há décadas. (O mais famoso é Alain Belda, que se tornou presidente mundial da indústria de alumínio Alcoa.) Mas o avanço da globalização e das tecnologias está tornando esses casos a regra. Mais que isso. As empresas começam a considerar que suas diferentes equipes dos vários países são na verdade uma única equipe, espalhada pelo mundo. Isso acontece porque a concorrência entre empresas é atroz, e elas precisam de soluções rápidas, para problemas que não se circunscrevem a um único país.

Acesse: http://revistaepoca.globo.com

Lápis Encantado do Professor Leo Cunha é matéria no EM

novembro 18, 2007

Cores e Versos que encantam
Jorge Fernando dos Santos

Todo mundo que gosta de literatura infantil certamente já leu ou já ouviu falar no escritor mineiro Leo Cunha. Mestre das palavras, autor de contos, crônicas e novelas que têm entretido divertido e ensinado a garotada, Leo também é um grande poeta. Quem duvidar dever ler seu novo livro, Lápis encantado, que acaba de chegar às livrarias. 

Toda criança que se preza gosta de desenhar. Todo mundo, por mais marmanjo que seja já se encantou com o cheiro e as cores do estojo de lápis de cores. Certamente, foi esse encanto que inspirou o poeta em questão a escrever poemas tão bonitos, e coloridos.

Melhor ainda ficaram com as ilustrações de Graça Lima, consagrada artista carioca que, há muito tempo, se dedica a traduzir em traços e cores as palavras dos autores infantis.

O encontro é de primeira e a dupla é mesmo da pesada. Leo viaja pelos versos com a desenvoltura de quem sabe desenhar com as palavras. Ele tem a delicadeza do mestre Mário Quintana, que, com certeza, é um dos seus autores de cabeceira.

Graça faz graça com seus lápis, como se escrevesse poemas visuais inspirados nos versos de Leo. Por essas e outras, vale a pena ler o livro, que é de dar inveja àqueles que escrevem e ilustram para crianças.

Lápis encantado é um livro composto de vinte poemas sobre cores elaborados com linguagem leve e bem-humorada, de forma a atrair leitores iniciantes. O autor explora o tema procurando retratar sensações, imagens, sons e sentimentos que as cores provocam nas pessoas. (29 páginas).

Acesse: www.uai.com.br

Ana Maria Braga lança livro de auto-ajuda

novembro 18, 2007

A apresentadora do programa Mais Você, da TV Globo lança nesta segunda-feira, pela editora Nova Fronteira, o livro “O Segredo por Ana Maria Braga”, segundo informou a colunista Mônica Bergamo na edição da Folha de S.Paulo de domingo.

A apresentadora se inspirou no best-seller “A Lei da Atração”, de Michael Losier, para escrever a obra.
 
“A Lei da Atração é a capacidade que temos de, com nossos pensamentos, e nossas emoções, criar a realidade em que vivemos”, explica Ana no livro.

“Você não tem tal coisa, ou não faz tal coisa porque não acredita que pode ter ou realizar seu desejo. (…) Acorda, menina! Acorda, menino! A vida está do nosso lado. O mundo está do nosso lado. (…) Cada um de nós é especial e diferente. Somos iguais em apenas uma coisa: em nossa força transformadora”, completa a apresentadora em uma das passagens da obra.

Ao jornal “Folha de S. Paulo”, a apresentadora explicou um pouco da teoria em exemplos práticos. “É igual gripe! Tem gente que fala assim ‘Ai, eu vou ficar gripado’ porque passa uma pessoa lá na esquina com gripe. Pode saber que vai ficar gripado mesmo. Você informa o seu organismo que vai ficar gripado. Você traz pra você. A mesma coisa com a violência. Eu não acredito, eu não vou ser assaltada. Eu não tenho medo. Não saio de casa assim: ‘Ai, meu Deus, eu vou ser assaltado!”.

O melhor do NewTeeVee Live

novembro 18, 2007

 

Pelo que deu para acompanhar via streaming e chat daqui, do Brasil, minhas expectativas estavam certas. O NewTeeVee Live se mostrou como o melhor evento sobre web do ano. Foram discutidas questões sobre a convergência entre TV e web. Alguns pontos importantes:

Sobre vídeos em alta definição – High Definition:

Apesar das iniciativas da AT&T, do Vimeo e da rede de videocasts Revision3, que está montando um estúdio em High Definition, a indústria ainda não vê importância em fornecer vídeos em alta definição. Não que o assunto não esteja sendo estudado [o YouTube tem previsão de ter High Definition], mas ainda não é o momento.

CBS, YouTube e Level 3 Comunications. Para eles, a prioridade é conteúdo. Tornar esse conteúdo em vídeo cada vez mais onipresente e acessível [parte jurídica e tecnológica], para depois investir em um “empacotamento” melhor [high definition].

Monetização de vídeos online e videocasts:

Para variar, o assunto de como ganhar dinheiro com videocasts entrou em pauta. Aliás, monetização é atualmente assunto em qualquer conferência sobre blogs, o que já se tornou cansativo, pois, no final, ninguém chega a lugar nenhum. Idem quando o assunto é vídeos online.

O modelo é o mesmo da TV. Venda de espaço publicitário. A Blip.TV tem o projeto de reunir debaixo de seu chapéu os melhores videocasts e videoblogs da rede, para depois vender em um pacote único publicidade para todos eles.

Outros seguem o caminho do WallStrip [videocast sobre economia]. São adquiridos por grandes players [no caso, a CBS], que passam a pagar todas as suas operações.

Percebi dois caminhos mais promissores nos formatos de publicidade para videocasts e vídeos online. Já que comerciais de 30 segundos antes de um vídeo não funcionam mais:

* Product placement [modelo antigo também] – a inserção de um produto no meio de um programa. Por exemplo, aquele laptop em cima da mesa da apresentadora é patrocinado pela Dell.

* Pre-rolls – aquelas espécies de popups transparentes, que aparecem na parte debaixo do player no início de cada vídeo [imagem acima].

Problemas de métricas:

Um dos problemas atuais é o das métricas, que ainda não são capazes de trazer resultados confiáveis. Cada um apresenta uma métrica ao mercado. Jayant Kadambi, da agência de publicidade em vídeos online YuMe, deu a entender que não adianta falarmos de monetização de vídeos online, enquanto não oferecermos métricas claras ao mercado.
Em relação à cultura da métrica por cliques, cada vez mais questionada por anunciantes, Quincy Smith, da CBS, lembrou um detalhe importante. Quando uma pessoa clica em um vídeo, não quer dizer que ela vai assisti-lo até o final.

Fragmentação:

No ano passado, 9 em cada 10 vídeos mais populares do Digg eram do YouTube. Hoje esse cenário se inverteu. Apenas um é do YouTube. A fragmentação dos sites de vídeos está à caminho.

Produção versus distribuição de conteúdo:

Algumas startups e empresas de mídia já perceberam que a distribuição de conteúdo está nas mãos dos usuários. E estão se focando no que elas fazem melhor – produzir conteúdo. A CBS e a rede de videocasts Revision3 já seguem esse caminho e estão “terceirizando” a distribuição de seus conteúdos, fechando parcerias com agregadores de vídeos e blogs.

Convergência entre TV e web:

Quincy Smith, diretor da CBS Interactive, é o profissional que está na linha de frente da convergência entre TV e web em uma das maiores redes de TV dos EUA. Segundo ele, os profissionais da velha mídia estão se esforçando mais para aprender com a nova mídia do que a nova mídia com a velha [opa, assino embaixo!].

Segundo pesquisas da CBS, os usuários entram na rede mais para assistir a resumos e a melhores trechos de séries online do que para ver episódios inteiros [talvez por que baixem os episódios completos via BitTorrent?]. Dessa forma, a internet não canibaliza a TV. Pelo contrário, trabalha em conjunto.

Segundo Smith, dentro do posicionamento de ir onde o usuário está, os embed videos têm papel-chave atualmente para as empresas de mídias. E o p2p é a solução atual mais econômica para distribuir programas completos na rede.

Fonte: http://tiagodoria.blig.ig.com.br/

República em branco

novembro 18, 2007

 

Mais uma data comemorativa da proclamação da República passou em branco pela imprensa.Nenhum registro especial, nenhum esforço de memória, nenhuma reportagem que relembre ao cidadão-leitor a conquista de 15 de novembro de 1889.

A imprensa do Brasil não gosta de efemérides, não costuma registrar a passagem de datas importantes da cidadania.Mas vai comemorar no ano que vem os cinqüenta anos da conquista da nossa primeira Copa do Mundo de futebol, assim como celebra até com excessos de ufanismo qualquer medalha em disputas de tênis de mesa e outros esportes de menor expressão popular.

As datas festivas não existem apenas para a folga no trabalho, os longos congestionamentos nas estradas e aeroportos lotados. Assim como os feriados religiosos são oportunidades para a reflexão dos devotos, as efemérides civis servem para pensar a nação como projeto coletivo.

Ao ignorar essas datas, a imprensa não cria essa oportunidade. Prefere discutir a cidadania no dia-a-dia, no varejo, o que não favorece um olhar mais profundo e de longo prazo sobre os temas importantes.
No começo desta semana, a Fundação Padre Anchieta promoveu o Seminário Internacional de Cidadania, que produziu valiosas reflexões sobre o desenvolvimento das repúblicas latino-americanas. Os jornais ignoraram o assunto.

Hoje, pequenos registros fazem um mosaico do estado da República no Brasil e na América Latina. Ficamos sabendo, por exemplo, que o Instituto Latinobarômetro constatou que os latino-americanos estão insatisfeitos com suas democracias, que o apoio à economia de mercado cai na região e que a população quer uma melhor distribuição de renda. Marta Lagos, diretora do Latinobarômetro, esteve disponível em São Paulo durante o seminário da TV Cultura. A imprensa a ignorou.

A notícia sobre a pesquisa que sai hoje nos jornais é uma reprodução de reportagem da revista britânica The Economist.

Pode-se pensar duas coisas a partir dessas observações. Primeiro que a imprensa brasileira enxerga melhor o Brasil e a América Latina com o olhar estrangeiro. Segundo, não dá para escapar da suspeita de que, para a imprensa, a nação só existe quando calça suas chuteiras.
 

Irresponsabilidade informativa, todos nós somos culpados.

novembro 18, 2007

 


Carlos Castilho

Se existe um problema que desafia a nossa capacidade de pensar sobre o dia-a-dia, este problema é a forma como lidamos com a informação. Estamos acostumados a usar a informação como se ela fosse um bem privado pessoal e agora descobrimos que ela passa a ser cada vez mais uma questão coletiva.
 
Basta abrir os jornais ou assistir aos telejornais para testemunhas como os governantes, políticos, empresários, líderes comunitários, protagonistas de eventos policiais e esportistas usam informações em beneficio próprio.
 
Não faz muito tempo, um ministro de Estado aconselhou os brasileiros a não converter mais carros para o uso de GNV. A recomendação do ministro Nelson Hubner, a exemplo da maioria das declarações de políticos brasileiros, foi feita a partir da idéia de que a informação é um bem usável de acordo com os interesses de quem a detém.
 
O ministro, como quase todos os políticos que exercem algum poder no governo, tanto faz federal, estadual, municipal e até distrital, tem acesso privilegiado a informações e sua advertência sobre a conversão de veículos particulares para o uso de gás embutia um recado decifrável apenas por quem está diretamente envolvido no problema.
 
Para o dono de um carro movido a GNV, a frase do ministro soou como uma ameaça, porque induz à idéia de que vai faltar gás, justo no momento em que o mesmo governo do senhor Hubner anuncia a descoberta de um megalençol petrolífero no litoral sul do Brasil. Foi, portanto, uma declaração que ignorou o interesse coletivo.
 
O problema não está apenas nos corredores e gabinetes do poder. Está também na fila do ônibus, no trânsito ou na lista de espera no INSS. As pessoas comuns também usam, freqüentemente, a informação em proveito pessoal e não se preocupam com as conseqüências de uma orientação errada ou um dado não checado.
 
Todos nós, poderosos ou não, dependemos essencialmente da informação e o fato de esta passar a ter tanto significado no nosso quotidiano mostra que ela precisa ser vista a partir de uma ótica coletiva. O ministro não pode gerar alarmismo sobre o GNV porque esta informação vai provocar prejuízos econômicos muito mais importantes do que os objetivos privados do político Nelson Hubner

Ser vítima de informações erradas tornou-se um fenômeno tão freqüente que a maioria de nós já desenvolveu um comportamento cínico que nos leva a ficar de pé atrás como quase tudo que é publicado ou anunciado.  Um cinismo que além de não nos proteger de novas frustrações também bloqueia a característica mais inovadora do processo informativo, que é a criação de novos conhecimentos a partir das informações, dados e fatos recebidos por meio da comunicação.
 
A imprensa tem um papel muito especial na área da informação porque esta é a sua matéria-prima. Por isso, ela é ao mesmo tempo causa e vítima neste processo. Causa, porque subscreve a irresponsabilidade informativa ao reproduzir declarações de políticos, governantes, empresários, personalidades e cidadãos comuns sem a necessária contextualização. E vítima, porque o leitor acaba intuindo a existência de interesses ocultos e desconfia da informação — o que, na prática, significa desvalorizar o produto principal de um jornal ou telejornal.
 
Por isso a imprensa deveria prestar mais atenção nas bolsas de valores, onde a informação é tratada com mil e um cuidados, porque ali ela vale milhões de reais. Os investidores sentem no bolso as conseqüências de um boato ou notícia descontextualizada e criaram um sofisticado mecanismo de proteção dos negócios no pregão contra o mau uso da informação